quinta-feira, 6 de junho de 2013
Agosto
Acabe, agosto!
Recolha-se nas nuvens escuras,
Esconda-se da luz que ainda arde,
Deixe-me sair dessa loucura,
Que me impusestes, tão covarde.
Acabe, agosto!
Congele com o frio do próprio sopro,
Liquefaça-se com a chama que ainda queima,
Arda febril neste corpo,
Que ainda vive, teima.
Acabe, agosto!
Banido sejas para o norte,
Não mais sopres a melodia do minuano,
Sintas enfim, o toque extasiante da morte,
Em teu rosto profano.
Acabe, agosto!
Floresça meu coração em primavera,
Aqueça meu rosto em dunas ardentes,
Finde com esta estação de espera,
Traga de volta os dias quentes.
Acabe, agosto!
E já vais tarde,
Tu representas pra mim,
O verdadeiro sentido da saudade.
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