domingo, 22 de setembro de 2013

Poema sem pé nem cabeça



Flor de pitanga que nasce em pé de amora,
Nasce em solo árido,
Onde a água aflora.

Noite enluarada de sol,
Coberta de estrelas,
Que viram poeira,
No chão do farol.

Abro a janela pro vento sair,
Deito no teto e observo o chão,
Abro as asas pra cair,
E desço em ascensão.

Lembro dos momentos que ainda não vivi,
Da cuia vazia, sem mate,
Choro sentimentos que nunca senti,
Lágrimas que se misturam ao chocolate.

Flor de canela que da parreira aflora,
Cresce de cima pra baixo,
Brota em sorrisos no rosto que ainda chora.

Arco-iris monocromático,
Pinta o céu em tons pastéis,
Pingos de chuva caem estáticos,
Secam aos poucos meus pincéis.

Flor de girassol que segue a lua,
Rotaciona as estrelas,
Como se fossem suas.

Flor de poema sem pé nem cabeça,
Brota no coração,
Enraiza,
E faz com que eu esqueça...






Nenhum comentário:

Postar um comentário