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out|2012 |
Já não procuro a palavra certa
Que me explique
Que me traduza
Aprendi a delinear pelos contornos
De significados
De sentidos
Da sutilidade
Da imortalidade.
Já não procuro prender o momento belo
Nem capturá-lo como imagem
Prefiro o instantâneo
O que não se pode guardar
Aprisionar
Prefiro os sentidos
Os cheiros
Os gostos
Os toques
Os devaneios
Quero vivê-los sempre com mais intensidade do que exige a vida.
Já subi no salto alto
E estou usando meu batom vermelho
Aproveitando até o mais fugaz
Me corto ao meio e me solto de mim
Duplo coração
Que pulsa em dobro
Que vive em dobro
Que se debate
E impulsiona
Ao voo
Na insanidade que permeia a lucidez.
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